quinta-feira, 10 de abril de 2014

A arte precisa ser salva...

Com, pelo menos, uma dívida de 8 milhões de reais, o imponente MASP (Museu de arte de São Paulo) vive um momento de crise que pode resultar na perda de uma das maiores instituições culturais do país. Entretanto, ainda existem pessoas interessadas em salvar o maior museu da América Latina, que está com pagamentos a funcionários em atraso e pendências no Ministério da Cultura.
De acordo com a reportagem de Silas Martí e Mario Cesar Carvalho, da Folha de São Paulo, a alternativa encontrada frente aos problemas foi recorrer à ajuda de grandes empresas, e providenciar uma reformulação na direção da instituição.
Apesar de ser uma iniciativa particular e sem fins lucrativos, o museu está tendo dificuldades em obter recursos de incentivo por mecanismos do governo. Sua estrutura ainda encontra-se maltratada desde 2007 quando teve suas dependências invadidas por ladrões que levaram duas obras importantíssimas de Portinari e Picasso. Os assaltantes deixaram rastros em uma porta corroída que não foi restaurada até hoje.
Para sorte dos amantes da arte e admiradores das exposições culturais, o ex-dirigente da Fundação Bienal de São Paulo que carrega em seu currículo a vitória de ter ressuscitado a iniciativa, pode ser um dos novos dirigentes a ocupar a gestão da instituição paulistana. O possível gestor vem se reunindo desde o ano passado com pessoas que podem ajudá-lo nessa empreitada.
O Brasil, apesar de ter um resgate cultural escasso em algumas regiões, ainda é bem amparado na capital paulista com teatros, museus e cinemas. Mas, entre as iniciativas voltadas a arte é possível afirmar que o MASP é o mais completo. São quase 70 anos de contribuição para a arte brasileira e internacional, e toda essa grandiosidade não pode morrer assim. 
Enquanto lia a reportagem na Folha, nascia dentro de mim a esperança de que toda aquela estrutura, que enche a Avenida Paulista de cultura, não acabasse. 

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