quinta-feira, 20 de junho de 2013

'Cura' gay, o marco do preconceito

É impossível deixar de imaginar determinadas situações com uma decisão que deputados e governantes ainda se dão ao trabalho de discutir. Então quer dizer que um pai ou mãe, ao perceberem que seus filhos manifestam atitudes homossexuais, poderão considerá-lo um doente? Então pode-se afirmar que haverão crianças reprimidas sem direito de libertar suas preferências sexuais? Belo conflito com o direito de ir e vir.
Mas a questão é que o Sr. Presidente da Comissão de Direitos Humanos é parcial demais em suas decisões para decidir o que é bom para uma sociedade. Impor princípios religiosos para o bem das famílias brasileiras pode não ser a solução para todos os problemas. Talvez fosse melhor verificar se essas famílias possuem qualidade de vida suficiente para poder procurar assistência para as doenças que a falta de comida, de água e de emprego oferecem. Mas não, antes disso é necessário ver se a pessoa é gay, porque talvez seja o mais plausível.
Não se trata de defender opções sexuais, e sim de respeitar o próximo, suas decisões e atitudes. Se houvesse algo prejudicial aos demais, seria discutível, mas porque um homossexual incomoda tanto o Sr. Feliciano? Homofobia também poderia ser tratada como doença, afinal, manifesta a contrariedade que já levou muitos homossexuais à morte.
Agora, francamente, que líder dos direitos humanos é este que promete fazer uma 'rebelião' caso esta decisão seja contrariada. Então surge mais uma pauta para protestos, mais uma prova de que do lado dos direitos humanos o Sr. Feliciano efetivamente não está. A sua decisão de certo e errado está acima do bem-estar dos demais?
Então Sr. Feliciano, agora aguente a 'rebelião' do Povo Brasileiro!

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Ressurge a sede de mudanças

As manifestações espalhadas pelo Brasil, ao mesmo tempo em que crescem e tomam proporções inesperadas, mostram o caminho do esquecimento político que a geração atual tomou. Antes as pessoas discutiam política como algo obrigatório até para o repertório do happy hour de sexta-feira, e nos dias de hoje isso ficou esquecido.
Os Caras Pintadas eram estudantes que se preocupavam com política e com o Brasil que seria deles no futuro, e lutaram pela saída do então presidente Collor. Mas isso havia ficado para trás, até agora. Hoje as pessoas estão representando um gigante sonolento que estava cansado, e despertou.
De repente uma multidão se juntou por um motivo, e aí todos os motivos guardados saíram da gaveta. Cada um está colocando para fora o que mais incomoda, e olha que são muitas coisas; por mais que não sejam mudadas, a questão do querer está bem latente nos brasileiros, e está atingindo quem deveria, embora não queiram transparecer. As redes sociais, noticiários televisivos, impressos e digitais, agora trazem pessoas que estão preocupadas com o futuro do Brasil.
Parece que era isso que faltava: um ou dois gritarem para os demais saírem do armário, e mostrarem que aquela geração anterior ainda pode ser lembrada. Pode ser que as redes sociais passaram a ter outra finalidade - além de mostrar pessoas perfeitas cheias de ideais de vida -, coisa que o movimento estudantil da década de 90 não tinha. Talvez tenha surgido o movimento que faltava para o Brasil, e que chegou para incomodar, mesmo que ainda não tenha nome.
Não são os assessores da presidente Dilma que dirão que uma “minoria” presente no estádio no jogo do Brasil X México, não pode ser levada em consideração no índice de insatisfação do governo, por vaiar a representante do país. As pautas atuais dos principais jornais  já estão dizendo por si, e sinceramente, espero que digam muito mais.
Embora eu não possua preferência política, a única vontade que trago é a de um país decente, justo e realmente democrático, que proporcione uma qualidade de vida bem próxima dos direitos que todo ser humano possui em uma sociedade.